COMUNICADO:
A Prefeitura de Mucurici, através da Secretaria Municipal de Saúde, informa que a vacina contra a febre amarela já está disponível nas 04 (quatro) Unidades de Estratégia Saúde da Família a partir desta terça-feira (24/01/2017), para a população mucuriciense da faixa etária de 06 meses a 59 anos. Estaremos realizando a vacinação na Unidade ESF “Elisbela Alves Bredoff”, Bairro Alto Bonito, sede deste município e na Unidade ESF de Itabaiana de segunda a sexta-feira, na Unidade ESF Assentamento Córrego da Lage na segunda, quarta e sexta-feira e na Unidade ESF Água Boa na terça e quinta-feira, sendo distribuídas em cada unidade no dia de atendimento 180 (cento e oitenta) senhas, a partir das 09 horas. Favor comparecer com o cartão de vacinação e cartão do SUS. A vacina ficará disponível até que todos do grupo prioritário sejam vacinados.
Saiba mais sobre a Febre Amarela:
A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade.
A infecção pelo vírus da febre amarela causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril inespecífica até formas graves com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações hemorrágicas, delírio, obnubilação e choque.
A febre amarela, doença infecciosa aguda, é causada por um arbovírus do gênero flavivírus, da família Flaviviridae.
O quadro clínico típico caracteriza-se por manifestações de insuficiência hepática e renal, tendo em geral apresentação bifásica, com um período inicial prodrômico (infecção) e um toxêmico, que surge após uma aparente remissão e, em muitos casos, evolui para óbito aproximadamente uma semana.
A transmissão da doença ocorre por meio da picada de mosquitos hematófagos infectados. Os mosquitos que participam da transmissão de febre amarela são, principalmente, aqueles da família Culicidae, dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabethes.
Atenção! Na Transmissão urbana, o Aedes aegypti (o mesmo que transmite a dengue) é o principal vetor.
Os mosquitos, além de serem transmissores, são os reservatórios do vírus, responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão, pois uma vez infectados permanecem transmitindo o vírus por toda vida.
O modo de transmissão ocorre a partir de mosquitos, fêmeas, que se infectam quando vão se alimentar de sangue de primata (macaco) ou do homem infectado com o vírus da febre amarela. Depois de infectado com vírus, o mosquito pica uma pessoa saudável, não vacinada contra a febre amarela, e transmite a doença, sucessivamente durante todo seu período de vida. Não existe transmissão de uma pessoa para outra diretamente.
O diagnóstico específico de cada paciente com suspeita de febre amarela é da maior importância para a vigilância epidemiológica, tanto em casos isolados quanto em situações de surtos. Os principais exames são os de isolamento viral no sangue, detecção de antígenos virais e/ou ácidos nucléicos virais, histopatológico e testes sorológicos.
Não existe um tratamento específico no combate à febre amarela. Como os exames diagnósticos da febre amarela demoram em média até uma semana, o tratamento de apoio deve ser iniciado em casos de suspeita clínica dessa doença. O tratamento é apenas sintomático com os cuidados a assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas quando indicado. Os pacientes que apresentam quadros clínicos clássicos e/ou fulminantes devem ter atendimento em Unidade de Terapia Intensiva, de modo que as complicações sejam controladas e o perigo da morte eliminado.
A vacinação contra a febre amarela é recomendada para uma grande área do Brasil onde a transmissão é considerada possível, principalmente para indivíduos não vacinados e que se expõem em áreas de mata, onde o vírus ocorre naturalmente. Atualmente, as áreas de vacinação são revisadas anualmente, com apoio de especialistas para identificação dos municípios com maior risco de transmissão.
A vacina febre amarela é reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, eventos adversos podem ocorrer, como reações locais e sistêmicas, tais como febre, dor local, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor no corpo), dentre outros. Atenção especial deve ser dada quando, após administração da vacina de febre amarela, a pessoa apresentar dor abdominal intensa.
Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e décimo dias após a aplicação, razão pela qual a imunização deve ocorrer dez dias antes de se ingressar em área de transmissão. É contraindicada para:
- Crianças com menos de 6 meses de idade.
- Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza, como:
– Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 <200 células/mm3 ou menor de 15% do total de linfócitos, para crianças com menos de 6 anos de idade.
– Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores).
– Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
– Pacientes com imunodeficiência primária.
– Pacientes com neoplasia.
Observação: Nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração desta vacina deve ser condicionada a avaliação médica individual de risco-benefício e não deve ser realizada em caso de imunodepressão grave.
- Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina).
- Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).
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